13 de novembro de 2014

Sobre a autora

Nádia Cristina Düppre - Sanitarista com Graduação em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP). Mestrado e doutorado em Saúde Pública na área de Epidemiologia pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). Atualmente sou tecnologista III da Fundação Oswaldo Cruz - Rio de Janeiro, atuando como gestora do Ambulatório Souza Araújo e também na orientação de alunos de cursos de graduação e pós-graduação.

Contato:
 ncduppre@gmail.com


Educação à Distância - Por que fazer?

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Tema: Como escolher?

A escolha do tema ou do problema a ser investigado é a primeira etapa de um trabalho monográfico. Essa escolha deve levar em consideração alguns pré-requisitos: a capacidade e a formação do pesquisador, as experiências e vivências profissionais, os conhecimentos anteriores, a relevância da pesquisa, ou seja, se o trabalho merece ser investigado cientificamente. O tema deve ser formulado como uma pergunta bem simples e clara para que se possa trabalhar melhor e com maior segurança. Quanto mais foco tiver o tema, maiores serão as chances do trabalho ser bem desenvolvido.


Outros fatores que devem ser considerados são: os recursos materiais, financeiros e humanos necessários para execução da pesquisa. O pesquisador deve escolher um tema adequado às suas possibilidades, com material bibliográfico suficiente, disponível e atual, que não seja muito complexo. Por outro lado, deve-se também levar em conta a disponibilidade de tempo que o pesquisador tem para realizar a pesquisa. 

Lembre-se de que uma monografia não exige estudar assuntos que nunca foram pesquisados, algo inédito, complexo e extenso. Na verdade, um trabalho monográfico é o primeiro contato do aluno com uma pesquisa, sendo considerado mais simples do que se pensa. O aprofundamento do tema de pesquisa enfocando aspectos novos e que não foram pesquisados pode tornar-se objeto de dissertações de mestrado ou teses de doutorado.


Exemplo de como delimitar um tema:

Vamos supor que você esteja desenvolvendo a sua atividade na área da saúde e seu “assunto escolhido” seja a hipertensão arterial. A hipertensão arterial é uma doença multifatorial que aparece em consequência do agrupamento de vários fatores não só herdados como também comportamentais tais como: o estresse, sedentarismo, dieta com excesso de sal, alcoolismo, entre outras. Esse assunto, assim como outros na área de saúde proporcionam várias abordagens como tema de investigação.

Para exemplificar como você poderia direcionar o foco sobre o assunto, aqui vão algumas dicas, é claro que tudo depende do objetivo do pesquisador:


·     Avaliar a influência da atividade física na redução da pressão arterial de pacientes segundo etnia;

·         Medição do nível sérico de colesterol em homens hipertensos e fumantes;

·         Avaliação do uso de anticoncepcional sobre a pressão sanguínea sistólica de mulheres na faixa etária de 30 a 35 anos.


21 de agosto de 2014

Porque pagar para fazer sua monografia?

A feira livre das monografias e trabalhos de conclusão de cursos superiores efetuada por terceiros virou um mercado negro num verdadeiro comércio ilegal no pensamento de muitos. 

Anúncios explícitos em panfletos e em sites, com propaganda distribuída à luz do dia e sem cerimônia como: “não perca tempo”; “garantia de segurança, discrição e certeza de boa nota”; “faz-se monografia”; “contrate aqui seu serviço”, etc., são facilmente vistos e encontrados, bastando também uma busca simples na internet para constatação desse absurdo. 
São centenas de sites criados com o intuito de vender trabalhos acadêmicos e que oferecem artigos, monografias de graduação e pós-graduação, dissertações de mestrado e até teses de doutorado. Os trabalhos são enviados via e-mail, completos, formatados nas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e prontos para imprimir, mediante prévio pagamento. 

O negócio prospera na internet porque muitos alunos que laboram em tempo integral não têm tempo de efetuar os trabalhos e os que não trabalham, mas não levam os estudos a sério, não são capazes de fazer. Alguns juristas entendem que, além de ilícito civil, a cessão de obra de terceiro é crime previsto no artigo 184 do Código Penal, já que se trata de utilização de direito autoral sem autorização do autor (violação). Outros comungam o pensamento de que a prática constitui estelionato e crime de falsidade ideológica. O cometimento do fato pode se constituir em falsidade porque quem faz o trabalho está se passando por outra pessoa, razão pela qual alguns atribuem ainda ao nefasto ato como crime de falsa identidade previsto no artigo 307 do Código Penal. 

Isso tudo vale tanto para o universitário que paga pela monografia quanto ao responsável pela produção do trabalho. O produtor do projeto pode ser encaixado numa co-autoria, pois também ajudou a fraudar uma instituição educacional. Outros entendem que a conduta é imoral e eticamente condenável, mas não está prevista no Código Penal. Então, não se pode fazer nada por ser fato atípico (não constitui crime). A meu ver, o legislador deveria criar um tipo penal específico para essa conduta perniciosa para evitar o conflito. Claro que não vai resolver o problema, mas o agente precisa ser responsabilizado criminalmente.

O certo é que enquanto fica esse bate-cabeça entre os juristas com discussões doutrinárias a respeito do espinhoso tema, se é crime ou deixa de ser, as “fraudes” continuam. O produtor ganhando dinheiro desonestamente. O estudante, ao invés de mostrar seus conhecimentos sobre determinada área, escolhe contratar alguém. As instituições de ensino cumprindo as normas do Ministério da Educação, em verdadeiro faz de conta, referendam os artigos, projetos e trabalhos fajutos. Por isso, a qualidade de ensino no país, com raras exceções, é péssima, gerando futuramente profissionais incompetentes. 

Por: Jesseir Coelho de Alcântara é Juiz de Direito e Professor

1 de junho de 2014

Quando utilizar um processo de amostragem não probabilística?


São os objetivos do estudo quem definem:
a) Qual será o tipo de estudo;
b) Quem será a população estuda e como ela deve ser selecionada. 
c) Será utilizado amostra?

Supondo-se que o objetivo da pesquisa seja:

Avaliar o uso do preservativo masculino por adolescentes no início da vida sexual de alunos do ensino médio em escolas de um determinado Município.

Quem determina a amostra a ser utilizada?: O pesquisador é quem irá determinar. Para isso deverá estar atento a pergunta da pesquisa, ao tipo de estudo e às variáveis a serem estudadas.

Considerando que a opção do autor foi realizar um estudo descritivo-exploratório, provavelmente ele pretendia apenas fazer um levantamento sobre a utilização de preservativos entre de jovens adolescentes do sexo masculino. Os resultados provenientes deste estudo apenas serão considerados como verdade para a população estudada (alunos adolescentes, do sexo masculino, cursando o ensino médio nas escolas selecionadas).

Entretanto, a partir dos resultados deste estudo, seria possível elaborar estudos posteriores com critérios mais precisos na seleção a amostra para que fosse possível generalizar os dados obtidos para a população de jovens, do sexo masculino de uma determinada cidade, estado ou país (dependendo do tipo de estudo que fosse realizado).


Amostragem: Para que serve e quando utilizar

Amostragem é uma técnica estatística que significa extrair do todo (população) uma parte (amostra) com o propósito de avaliar certas características desta população. As principais razões para o uso de amostragens são:

1) Economia: Quando não houver tempo e/ou recursos suficientes para estudar toda a população, é bem mais econômico estudar parte dela.

2) Tempo: existem situações que não haveria tempo suficiente para pesquisar toda a população – a característica a ser estudada é muito variável, sujeita a alteração brusca em curto período de tempo; ou uma pesquisa eleitoral;

3) Confiabilidade dos dados: pesquisar um número menor de elementos ajuda na verificação de erros;

4) Operacionalidade: a condução do estudo fica bem mais fácil com menor número de elementos pesquisados.


Um plano de amostragem deve responder às seguintes questões: quem pesquisar (unidade de amostragem), quantos pesquisar (o tamanho da amostra) e como selecionar (o procedimento da amostragem). A decisão de quem pesquisar exige que o universo seja definido de modo que uma amostra adequada possa ser selecionada. 

Quando não se deve utilizar amostragem:

Existem situações em que não se deve fazer amostragem porque o resultado do estudo precisa ser altamente preciso como é o caso do censo demográfico realizado a cada dez anos pelo IBGE. O parâmetro número de habitantes residentes no país é fundamental para o planejamento de políticas de governo e deve ser avaliado com grande precisão. Por isso, se deve pesquisar toda a população.

Também não se deve fazer amostragem quando população do estudo é pequena. pois devemos nos lembrar que, a validade do estudo está diretamente ligada ao tamanho da amostra. Amostras muito pequenas geram dados imprecisos

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